sábado, 3 de julho de 2010

Brincando de casinha

Quando eu era criança adorava brincar de casinha! Era a minha brincadeira favorita!
Comecei com uma casinha no meu quarto mesmo. Com algumas cadeiras e um cobertor, tava feita a brincadeira.

Depois meu pai fez uma pra mim no quintal.
Nossa que alegria!
Me lembro até hoje de uma cestinha de supermercado que eu tinha pra brincar e adorava 'ir ás compras', saia da casinha e dava a volta com ela no quintal todo em busca de temperinhos verdes (grama ou qualquer matinho que visse na frente), café(terra), leite e farinha (cau),folhas de laranjeira e flores pra fazer cházinho pras amigas que viessem visitar.
Lembro que uma vez minha mãe trocou os móveis da cozinha, e deu os velhos pra minha casinha =)
pense na felicidade da menina! 
hehehe


E assim a vida segue. A gente cresce.
Casei. Mas continuo brincando de casinha.
Só que agora, acompanhada!


Acho que uma das partes mais gostosa da casa é a cozinha.
Acho tão encantadoras aquelas cozinhas de antigamente, com direito à fogão à lenha e comida de vó.



*___*


Um pedacinho lá de casa:

Cozinha



Olhas os pandinhas espiando!





. . . 
'A se acreditar em entendidos em coisas de outros mundos, já devo ter sido cozinheiro em alguma vida passada. É que tenho um fascínio enorme pelas panelas, pelo fogo, pelos temperos e por toda a bruxaria que acontece nas cozinhas, para a produção das coisas que são boas para o corpo. Não é só uma questão de sobrevivência. Os cozinheiros dos meus sonhos não se parecem com especialistas em dietética.

Interessa-me mais o prazer que aparece no rosto curioso e sorridente de alguém que tira a tampa da panela, para ver o que está lá dentro. Minhas cozinhas, em minhas fantasias, nada têm a ver com estas de hoje, modernas, madeiras sem a memória dos cortes passados e das coisas que se derramaram, tudo movido a botão, forno de micro-ondas, adeus aos jogos eróticos preliminares de espiar, cheirar, beliscar, provar, perfurar... Tudo rápido, tudo prático, tudo funcional. Imaginei que quem assim trata a cozinha, no amor deve ser semelhante aos galos e galinhas, quanto mais depressa melhor, há coisas mais importantes a se fazer. Como aquele vendedor de pílulas contra a sede, da estória do "Pequeno Príncipe". Ir até o filtro é uma perda de tempo. Com a pílula elimina-se a perda inútil. “E que é que eu faço com o tempo que eu perco?" — perguntou o Principezinho.

"...Você faz o que quiser", respondeu o vendedor." — Que bom! Então, é isto o que vou fazer, ir bem devagarzinho, mãos nos bolsos, até a fonte, beber água..."

Quero voltar à cozinha lenta, erótica, lugar onde a química está mais próxima da vida e do prazer, cozinha velha, quem sabe com alguns picumãs pendurados no teto, testemunhos de que até mesmo as aranhas se sentem bem ali.

Nada melhor que o contraste. A sala de visitas, por exemplo. Lá no interior de Minas, faz tempo. Retrato silencioso oval do avô, na parede; samambaia no cachepô de madeira envernizada; porta-bibelôs; as cadeiras, encostos verticais, 90 graus, para que ninguém se acomodasse; capas brancas engomadas pra que nenhuma cabeça brilhantinosa se encostasse; os donos dizendo em silêncio "está mesmo na hora", enquanto a boca mente dizendo "ainda é cedo", na hora da partida, junto com as recomendações á tia Sinhá (porque toda família tinha de ter uma tia Sinhá). Aí a porta se fechava, e a vida recomeçava, na cozinha...

A porta da rua ficava aberta. Era só ir entrando. Se não encontrasse ninguém não tinha importância, porque em cima do fogão estava a cafeteira de folha, sempre quente, para quem quisesse. Tomava-se o café e ia-se embora, havendo recebido 0 reconforto daquela cozinha vazia e acolhedora. Eu diria que a cozinha é o útero da casa: lugar onde a vida cresce e o prazer acontece, quente...''

Rubem Alves

____

Concordo plenamente.


Minha especialidade é doce!

torta de bis

brigadeirão

manjar com ameixa

spaghetti a bolonhesa

nega maluca


mousse de maracujá



E tem muito mais de onde vieram estes ^^

hehehehe

=P








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